O baiano, natural de Salvador, como ele mesmo diz: “com muito orgulho!”; Uéder Trindade, filho de Nilzete e Ailton Trindade, chegou a este mundo no dia 27/02/1982.
Cresceu no Resgate – Cabula, bairro desta cidade, na companhia de seus irmãos Marcelo e Maria das Graças, ou melhor, seu irmão Marcelo e sua segunda mãe "Gracinha" (como é carinhosamente chamada).
Teve uma infância normal, mas incomum, pois apesar de residir numa capital, teve o privilégio de viver e brincar como se estivesse no interior, isso se deve à tranqüilidade que o bairro oferecia na época.
Uma rua com muitas árvores e poucas pessoas, que lembrava uma cidade fleuma e interiorana, onde conheceu de perto a inocência e ingenuidade das brincadeiras de infância.
Teve uma excelente educação numa das melhores e conceituadas escolas da cidade, o Salesiano. E foi nesta escola que passou toda a sua vida de colegial.
Sua maior diversão na infância, além de subir em árvores, jogar gude e brincar com comandos em ação, era desenhar e pintar.
Chegou a adolescência com um gosto e um fascínio muito grande para os desenhos, adorava retratar nas folhas de papel imagens de duendes, monstros e heróis da ficção.
"Roqueiro duente", do tipo que se negava a escutar outro tipo de música a não ser o Rock, e da "pesada", adorava desenhar, fazendo réplicas às capas de seus discos preferidos, e quanto mais difíceis eram, mais ele gostava. A capa que mais lhe chamava a atenção era a do Iron Maiden e até hoje a maioria desses desenhos estão guardados com todo apreço.
Apesar de toda essa paixão pelos desenhos, ele nunca pensou em fazer artes plásticas, nunca pensou em se tornar um artista.
Mas não deixou de sonhar em fazer disso, de certa forma, uma profissão. Foi quando tentou pela primeira e única vez um concurso vestibular para desenho industrial, mas não foi aprovado.
Depois de algumas tentativas para várias áreas distintas, entre elas direito e engenharia, foi que aos 19 anos, sentindo a necessidade de ter que trabalhar, apostou num curso técnico.
Uéder também era muito curioso e gostava muito de inventar, mexer e consertar as coisas, aliás, é até hoje!! Mas a parte das invenções ele sempre dá os créditos, merecidamente, a seu irmão Marcelo - Engenheiro Mecatrônico, que era sua referência nesse âmbito, e um homem por quem Uéder tem muita admiração.
Foi isso que o levou a fazer o curso técnico em eletrônica no Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia - CEFET.
Aos 21 anos, em 2003, introduziu-se no mercado de trabalho como Eletrônico Industrial. No mesmo ano, conseguiu ingressar com sucesso na Universidade e cusrou Engenharia Elétrica, a qual abandonou na metade do curso depois de descobrir que estava no lugar errado, e mesmo sem ter certeza do que queria, tinha certeza que engenharia não era a profissão da sua vida.
Aos 23 anos conheceu a mulher (eu!!) que viria a ser sua esposa um ano mais tarde, em 2006, aos 24 anos casou-se de fato, constituindo uma família com esposa, 3 cachorros e 1 gato - a minha família, a minha inspiração - essas são as poucas palavras que descrevem a importância que a família tem na vida dele.
E foi nesse período que conheceu Marcela, uma grande amiga, que sem querer despertou nele a paixão e a verdadeira vocação que é, e sempre será, a Arte, mostrando-lhe uma girafa feita em alumínio.
Marcela duvidou da capacidade e habilidade de um pisciano sentimental e destemido, que nem mesmo ele sabia que tinha guardado dentro de si o que chamamos de "dom".
A partir de então, Uéder começou sozinho, a dar formas e criar figuras com o arame. Por dois anos (2005 e 2006) foi o seu mais prazeroso hobby.
Hoje esse hobby virou trabalho, mas nunca deixou e nem deixará de ser prazeroso, gratificante e emocionante para ele.
Uéder deposita seus sentimentos e inspirações nas suas obras. Ele cria, dando forma as suas fantasias e reproduz o que está no nosso cotidiano, tudo isso utilizando fios de arame de alumínio.
Atualmente vive em Curitiba/Pr, é graduando na Faculdade Estadual de Belas Artes do Paraná e continua criando e comercializando suas obras.
Autoria do texto: Thaisa Moura
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